Liberdade
Nos ventos do destino
Construo minha liberdade
Distante das prisões da personalidade
Que resiste em aceitar o amor
Amor! Que ressoa sutilmente
Em meu eu mais profundo
Em espirais rosadas
Que me fazem girar sobre meu centro
Desconectando-me da vertente
Tão fragilizada pelo amor posse
Consumidor e corrompido
Pelo sentido que o apego lhe empresta
Mas que agora me vejo flutuar
Como as plumas suspensas no ar
Criando o enlace nupcial
De translúcidas almas gêmeas
Que viajam pelo tempo
A construir suas histórias
De encontros e desencontros
Lapidando seus amores febris
Permitindo-se transmutarem seus desejos
Em pura expressão do espírito
Manifestando sentimentos que encantam
A pureza de seus corações apaixonados
Em uma dança envolvente e acompanhada
Pelas harmoniosas melodias dos anjos
Que descem dos céus
Em carreata divina
Para abençoar a união do amor com a liberdade
Onde o ser sobrepõe-se ao ter
Onde o coração impõe-se ao ego
Onde a fragilidade supera a força
Nesta fonte de inspiração
O poeta constrói seu caminho
Sustentado pela verdade que nele reside
E afirma-se na irreverência
De um amor sem domínios
Equipado apenas com as asas da liberdade
Onde os horizontes se abrem
Em reverência a este amor
Que flui, absorve e eleva-se
Na comunhão de almas
Comprometidas com sua natureza divina
E expressas na conjunção do amor com a liberdade e da liberdade com o amor.
Autoria: Roberto Velasco
Liberdade – 28/07/11
Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais.
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