quinta-feira, 4 de agosto de 2011

AS LÁGRIMAS DOS ANJOS


As Lágrimas dos Anjos



Como uma vertente de imensurável manancial

Lágrimas silenciosas caem das alturas

Umedecendo terrenos áridos

Estéreis e carentes de substância




Ventos de desilusões

Geradas por minúcias pueris

Impróprias e de cunho egoico

Varrem outrora campos férteis




Criando vazio e lamentos

Que percorrem esferas perturbadas

Pela escassez de sentimentos

Tão natural em tempos passados




Como viver na desesperança

Quando o ontem era só

Cumplicidade e romance

Ternura e paixão




E o hoje, o hoje é o nada

Matéria subjetiva e de difícil entendimento

Como compreender tua ausência

Aceitar então se torna tarefa desumana




Busco respostas em vão

Somente o tempo pode trazer

Em seus ciclos a oportunidade

Do reencontro sob novas nuances




Os dias apontam por espera inútil

Que se esvai a cada entardecer

Mas que se renova em novas alvoradas

E assim transito pelos caminhos




Da esperança em tê-la novamente

Aconchegada em meus braços

Protegida e aquecida por meu coração

Que teimosamente insiste em querer-te




Mesmo diante das evidências

Da recusa por abrigo seguro

Pulsa confiante sem aperceber-se

Das ilusões que o tomaram na espera




Movido pelos sonhos e pelo medo

Levanto os olhos aos céus

A procura de acolhida aos meus apelos

Para que a magia do amor se faça encantamento




E possa sensibilizar tua alma

Ao perceberdes que o universo aguarda

Ansiosamente que as lágrimas dos anjos cessem

E dêem lugar a felicidade expressa em árias divinas.



Roberto Velasco

As Lágrimas dos Anjos – 28/07/11

Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais.

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