As Lágrimas dos Anjos
Como uma vertente de imensurável manancial
Lágrimas silenciosas caem das alturas
Umedecendo terrenos áridos
Estéreis e carentes de substância
Ventos de desilusões
Geradas por minúcias pueris
Impróprias e de cunho egoico
Varrem outrora campos férteis
Criando vazio e lamentos
Que percorrem esferas perturbadas
Pela escassez de sentimentos
Tão natural em tempos passados
Como viver na desesperança
Quando o ontem era só
Cumplicidade e romance
Ternura e paixão
E o hoje, o hoje é o nada
Matéria subjetiva e de difícil entendimento
Como compreender tua ausência
Aceitar então se torna tarefa desumana
Busco respostas em vão
Somente o tempo pode trazer
Em seus ciclos a oportunidade
Do reencontro sob novas nuances
Os dias apontam por espera inútil
Que se esvai a cada entardecer
Mas que se renova em novas alvoradas
E assim transito pelos caminhos
Da esperança em tê-la novamente
Aconchegada em meus braços
Protegida e aquecida por meu coração
Que teimosamente insiste em querer-te
Mesmo diante das evidências
Da recusa por abrigo seguro
Pulsa confiante sem aperceber-se
Das ilusões que o tomaram na espera
Movido pelos sonhos e pelo medo
Levanto os olhos aos céus
A procura de acolhida aos meus apelos
Para que a magia do amor se faça encantamento
E possa sensibilizar tua alma
Ao perceberdes que o universo aguarda
Ansiosamente que as lágrimas dos anjos cessem
E dêem lugar a felicidade expressa em árias divinas.
Roberto Velasco
As Lágrimas dos Anjos – 28/07/11
Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário