segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SILENCIOSAMENTE


Silenciosamente



Por que somente agora?

Apenas neste momento te reconheci

Tinha-a ao alcance das mãos

Tão próxima dos meus olhos




Armadilhas da vida que me desorientam

Sonhos que desmoronam como castelos na areia

Sinto-me um pássaro sem asas

Olho a esmo sem entender o porquê




Em um instante fazia-se luz

Imediatamente no outro se fez escuridão

As cores deram lugar ao breu

Que cobriu meu tremulo coração




Antes não tivesse experimentado teu amor

Melhor teria sido manter-me de olhos cerrados

E não tê-los aberto ao sentimento

Do qual fui tomado, envolvido e me entreguei




Agora, que faço com este amor?

Que brotou na sensibilidade em te sentir

Que tocado pelas mãos de anjos me permiti sonhar

Viver a plenitude daquilo que guardo como valioso tesouro




E entregarei a uma única mulher

Aquela que apenas com um toque

Devolveu-me a sensação do que é amar

Sentir o peito explodir na audição de tua voz




Experiênciar cada segundo deste amor

Como o sinto, como aspiro viver

Céu sem estrelas, noite sem luar

A magia da noite perdeu seu encanto




Quando te negaste a viver

Este amor gerado de maneira pura e sincera

Tão sensível quanto à vida

Abandonei-me e fragilizei-me




Deixando as águas me levarem

Concedendo ao frio a posse sobre mim

Viver sem a tua presença

Dilacerou minh’alma agora entristecida




Mas sei que tenho que me afastar de ti

Sei de tuas razões e direitos

Custo a aceitá-los e incorporar esta verdade

Tão dolorosamente imposta pelo destino




Mas te digo

Mesmo diante das circunstâncias

Não pode impedir-me de te amar

Silenciosamente te amar, silenciosamente...




Autoria: Roberto Velasco

Silenciosamente – 15/08/11

Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais.

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