Silenciosamente
Por que somente agora?
Apenas neste momento te reconheci
Tinha-a ao alcance das mãos
Tão próxima dos meus olhos
Armadilhas da vida que me desorientam
Sonhos que desmoronam como castelos na areia
Sinto-me um pássaro sem asas
Olho a esmo sem entender o porquê
Em um instante fazia-se luz
Imediatamente no outro se fez escuridão
As cores deram lugar ao breu
Que cobriu meu tremulo coração
Antes não tivesse experimentado teu amor
Melhor teria sido manter-me de olhos cerrados
E não tê-los aberto ao sentimento
Do qual fui tomado, envolvido e me entreguei
Agora, que faço com este amor?
Que brotou na sensibilidade em te sentir
Que tocado pelas mãos de anjos me permiti sonhar
Viver a plenitude daquilo que guardo como valioso tesouro
E entregarei a uma única mulher
Aquela que apenas com um toque
Devolveu-me a sensação do que é amar
Sentir o peito explodir na audição de tua voz
Experiênciar cada segundo deste amor
Como o sinto, como aspiro viver
Céu sem estrelas, noite sem luar
A magia da noite perdeu seu encanto
Quando te negaste a viver
Este amor gerado de maneira pura e sincera
Tão sensível quanto à vida
Abandonei-me e fragilizei-me
Deixando as águas me levarem
Concedendo ao frio a posse sobre mim
Viver sem a tua presença
Dilacerou minh’alma agora entristecida
Mas sei que tenho que me afastar de ti
Sei de tuas razões e direitos
Custo a aceitá-los e incorporar esta verdade
Tão dolorosamente imposta pelo destino
Mas te digo
Mesmo diante das circunstâncias
Não pode impedir-me de te amar
Silenciosamente te amar, silenciosamente...
Autoria: Roberto Velasco
Silenciosamente – 15/08/11
Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário