PAIXÕES

PAIXÕES

Dizes tu que sou impetuoso

Afirmas em alto e bom som que sou intenso

Demonstras que se sente atraída por mim

Mas por que estas a lutar contra si mesma?

Quando permite afastar-se de tuas censuras

Cede aos teus desejos, aos teus apelos

Evidencia o calor de teu corpo em brasa

Na troca de beijos sem pudores

Quando teu coração impõe-se a tua razão

Esquecendo-se das formalidades que a dominam

Permite que o vulcão das paixões que reprime

Ecloda em incandescentes lavas de fogo de sensualidade

Em misteriosas vestes se esconde

Na tentativa de ocultar tuas formas sedutoras

Curvas e relevos tão generosamente esculpidos

Que abalariam o mais santo dos homens

A santidade eu abandonaria para possuir-te

Em uma única vez que fosse

Pois carregaria comigo para sempre

As marcas que em meu corpo se eternizariam

Dos momentos de louca entrega

De extrema luxuria e prazer

Doce e quente comunhão de corpos febris

Temperados pelo calor de nossa paixão

Quando o toque de minhas mãos

Alcança o teu corpo a lucidez se ausenta de mim

Dando lugar a instabilidade das emoções

Que somente se acalmam na troca de caricias

Nos sussurros e gemidos explícitos

Pelo querer um ao outro

Beija-me mais uma vez antes qe eu desfaleça

Em exagerado frenesi te suplico

Não afastes teus lábios dos meus

Repouse teu corpo junto ao meu

Para que em contemplação me mantenha a adorar-te

Seduzido pelo inebriante perfume que dele exala

Mesmo que a vida de lugar a morte

Que a proximidade de lugar ao afastamento

Ou ainda, que possas perder o encanto

Preciso confessar-te que apaixonadamente te amo

Não sabia eu que meu coração se entregará

Incondicionalmente de maneira tão exposta

Ao turbilhão das emoções

Geradas em nossos corações e expressas por nossas paixões.

Autoria: Roberto Velasco

Paixões – 07/08/11

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