Conflitos d’Alma
Revelo meus sentimentos como a mais expressa nudez
Repouso em minha excessiva lamúria
A eloqüência de meus ímpetos
Asseguro em local ermo e discreto minha esperança
A razão me domina e me desconcerta
Me liberto e me aprisiono
Zelo ou negligencio este amor
Exagero no clímax ou sucumbo ao nada
Semeio este amor em tua ausência
Rego com as lágrimas que de meus olhos vertem ao não possuir-te
Adormeço para encontrar-te em meus sonhos
Vivo nesta extasiante fantasia sonhadora
Uma realidade da qual sustento meus dias
Na obscuridade de meu eu, és o farol
Que se impõe a esperançar-me
Verticalmente enraizado em meu coração
Cultivo as lembranças do passado
Como que a justificar a posteridade
Sem no entanto reconhecer-me
E assegurar nova inspiração
O tempo sem hora marcada
A prece sem ter a quem dirigir
Desejos insatisfeitos
Nos limites do outrora infinito
Agora, que se faz dor
O que um dia vivi no amor
Acalento meu andar nos raios do sol
Pacifico meu eu na exuberância da lua cheia
Cristalizo minhas emoções
Como que a flutuarem no éter
Sem ter onde repousá-las
Pois partiram de mim com destino incerto
Já não sofro mais
A fonte de minhas ações
Extinguiu-se, rompeu os elos
Que um dia iluminava meu viver
Agora,
Faço da dor, minhas lições
Faço do pranto, minha liberdade
Faço do erro, meu perdão
Faço da morte, meu renascimento
Faço do amor, minha descoberta.
Autoria: Roberto Velasco
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