quinta-feira, 7 de julho de 2011

INOCÊNCIA






">Inocência

Sob a brisa da manhã de outono
Observo o firmamento
Distante, contemplativo, incrédulo


Em um momento a possuía
Em outro a perdia
E no agora o que há?


Se não frias lembranças
Que as estações insistem em apagar
O tempo exerce a sua ação e não me contenho


Nos fios de teus cabelos me perdia
Na alegria de teu sorriso experimentei a felicidade
Na melodia de tua voz apaziguava minha intensidade


Perdido, tendo apenas o horizonte
Na certeza deste instante
Repouso minha dor


O que foi amor
Hoje, se mostra ilusão
E o amanhã, senão decepção


Sonhos desmoronam como castelos na areia
Inocência perdida na essência impura
O brilho da vida empalidece


Na solidão da montanha
Ao alto observo o vôo do falcão
Na espreita de sua presa


Vejo-me como a presa
Sem refúgio a abrigar-me
Inocentemente entregue as malhas da vida


Autoria: Roberto Velasco

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