sexta-feira, 8 de julho de 2011

EXTREMOS





Extremos


Eu sou o pensar
A consciência iluminada
A perturbação dos instintos
A lucidez e a demência


Eu sou o sentimento
A expressar-me no incondicional
E o preconceito decretado
Sou o amor e o medo


Eu sou o caminho
Trânsito pela senda do meio
Há radicalização em minhas conclusões
Eu sou os extremos em constante oposição


Eu sou a plenitude
Exercito o prover absoluto
Desenvolvo a carência
Eu sou a abundância e a escassez


Eu sou a eternidade
Vivo no estado atemporal
Movo-me por recomeços e finalizações
Eu sou a vida e a morte


Eu sou a inteligência
A intelectualidade estabelecida
Na ignorância me justifico
Eu sou a inconstância mental


Eu sou o elemento
A coesão harmônica do todo
O caos estabelecido
Eu sou o átomo e a matéria


Eu sou o infinito
A expansão em contínuo movimento
Influencio-me pela contenção de meu eu
Eu sou o absoluto e o restrito


Eu sou a identidade
A onisciência incorporada
O Desconhecimento de minha natureza
Eu sou o tudo e o nada


Eu sou a emoção
No equilíbrio de minhas sensações
A perturbação em meus sentidos
Eu sou a alegria e a tristeza


Eu sou a comunhão
Manifesto-me pela solidariedade
O partilhar se faz ausente em mim
Eu sou doação e egoísmo


Eu sou o espiritual
Inspiro-me pelo desapego
Sou a ambição na densidade
Eu sou deus e o ego


Eu sou a harmonia
Estabeleço a diplomacia
Gero a intolerância
Eu sou a paz e a guerra


Eu sou você
Me completo em tua essência
Faço das diferenças minhas fronteiras
Eu sou unidade e dualidade
Eu sou o amor a me descobrir.


sAutoria: Roberto Velasco

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