segunda-feira, 11 de julho de 2011

VOLÚPIA





Volúpia


Entre olhares tímidos e maliciosos dirigiste teus desejos a mim
Rejeitei inicialmente por entender não merecedor de tal escolha
Mas, tua intenção era clara e definitiva
Aproximou-se de mim impetuosamente
Fazendo-me experimentar a fragilidade diante de tamanha volúpia
Senti-me encurralado sem onde abrigar-me



Refeito desta incrédula escolha
Arrastei-a até a minha alcova
Desejando possuir-te incansavelmente
Toquei suavemente teus lábios carnudos e vermelhos
Ainda sentia-me tremulo, diante do ardor de teus desejos
Expressos em beijos quentes e molhados



Ansioso, tornei-a nu para minha total admiração e êxtase
Por observar tamanha perfeição em curvas e relevos
Que se impunham de maneira definitiva aos meus recíprocos desejos de possuir-te
Escorreguei minhas mãos em teus seios rijos e generosos na mais perfeita anatomia que a natureza jamais esculpira
Sem pressa, afaguei seus negros e longos cabelos
Fiz destes momentos um instante de plena lubricidade



Apartei-me intencionalmente de tua presença
Para logo a seguir tomá-la em meus braços e delicadamente descansar seu corpo sobre alvos lençóis
Deslizei minha boca ávida e úmida por rosada pele
E a cada estremecimento, gemidos e múrmuros
Tornava-me mais ardente e intenso
Minha cobiça já não mais cabia em minha extrema inquietude



Seus olhos cerrados identificavam pleno abandono
Seu sexo espargia inebriante perfume
Que me conduziu a um transe incontido e prazeroso
Sua carne em brasa instigava-me a fazer deste momento
União eterna sem direito a repouso
Tomado por um clímax avassalador



Faço-me presente em tuas entranhas
E em movimentos ritmados ouso experiênciar palpitações
Jamais antes sentidas por um simples mortal
Tal o fervor vulcânico de teu sexo
Corpos suados, poros dilatados
Beijos ardentes e sem escolher alvo



Constroem este apogeu de luxuria e desejos em satisfação
Até que nossas secreções eclodem em um gozo único e absoluto
Intensificando nossos batimentos em um ritmo alucinante
Envolvendo-nos em uma atmosfera de plenitude e unicidade
Onde por breves instantes que pareciam eternos, nossos sentidos se esvaíram de nós
Mãos entrelaçadas se mantiveram como que a nunca mais perder este contato



Lentamente vamos recuperando nossas sensações
Olhos nos olhos sugerem caricias e afagos
A respiração retorna a sua freqüência
Agora, beijos suaves e de terna comoção
Repousas tua face em meu peito e em preguiçosa sonolência
Entrega-se a sonhar, até o fôlego recuperar e tomarmo-nos um ao outro em eterna simbiose.



Autoria: Roberto Velasco
Volúpia: 15/05/11
Esta poesia esta protegida pela lei dos direitos autorais

Um comentário:

  1. TENHO UM LAÇO
    LAÇO QUE FAÇO
    QUE TRANSFORMO A SENSAÇÃO DO PRAZER DO ENCONTRO
    DOS CORPOS, NUMA INVASÃO TAMANHA
    NUMA CARÍCIA QUE DE TÃO INTENSA
    PASSA A PLENA CERTEZA DE QUE SE PODE TOCAR A ESSÊNCIA.

    Alma Perfumada®

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