quinta-feira, 7 de julho de 2011

AMOR






Amor

Reverbera como uma doce canção
Matéria etérea de difícil esteio
Personificada como um rubro coração
Ditosa atmosfera que a tanto anseio

Ora abundante, ora escassa em meu horizonte
Apressa-se em desabrochar como as flores
Unindo corações como uma ponte
Criando em meu peito arco-íris em cores

Busco em paisagem distante
Precioso cristal que a tanto reluz
O que em meu ambiente não é constante
Dotado de brilho como a mais pura luz

Enternece as essências sem distinguir sexo
Tomando a todos no momento presente
Mas, em outros instantes sem qualquer nexo
Rompe a todos os laços e se faz ausente

Não ouso compreender
Nem tão pouco alcançar a razão
Em um antagonismo sem entender
Oscilo em estabelecer diapasão

Obra prima nas mãos de um compositor
Arranjo difuso quando manipulado sem destreza
Melodia sonora e pacifica na voz de um cantor
Quando desarmônica, afinasse com a tristeza

É chama de inebriante calor
Que em muitos se faz dor
Busco sem expressar qualquer temor
Pois reconheço, vivo e me realizo tão somente no amor
Autoria: Roberto Velasco

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