sexta-feira, 8 de julho de 2011

DESEJOS





Desejos


Tomo-a em um rompante alucinado
Sustentado pela paixão deste amor
Que me sufoca, entorpece-me os sentidos


Conjuro juras de amor, paixão e desejos
Movidos pelo calor de tua boca, de teu corpo
De tua alma disfarçadamente sedutora


Perco-me entre tuas carícias e a volúpia
De possuir-te e ser possuído
Divina prisão em que me encontro


Resgato-me quando sacio minha sede
Em teu colo, em tuas curvas
Em teus delírios a mim impostos


Doce alma de inebriante mistério
De prazeres insondáveis, tão singelos quanto à brisa da manhã
Tão devastadora quanto o caos


Quisera libertar-me, quisera correr a refúgio seguro
Mas aqui estou acorrentado a ti
Pelos prazeres que me apartam de meu eu


Luxúria, pecado, culpa, vivo neste círculo vicioso de tamanha grandeza
Que só me resta apelar que concedas alforria
A este vosso escravo


És senhora de meus mais profundos sonhos
Desejos guardados onde minha sã consciência
Não os tome por conhecidos


Ensurdecido pelos meus apelos libertinos
Caio novamente em tentação, luxúria e desejos
Entrego-me a satisfação de teus instintos


Se em mim habita o amor por ti
Também há de habitar a servidão que me acorrenta
A esta paixão férvida e alucinante, movida por desejos, desejos...


Autor: Roberto Velasco

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